quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Corrida Nº 167 - 3ª Meia Maratona Internacional das Três Fronteiras - Ciudad Del'Este-PY, Foz do Iguaçu-Bra, Puerto Iguacú-Arg (14out2018)

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Mesmo não estando bem preparado para encarar provas mais longas estive participando no último dia 14 de outubro da 3ª edição da Meia Maratona Internacional das Três Fronteiras.
O tempo de conclusão não foi lá essas coisas. Mas, o resultado final foi fantástico.



"Eu faço da dificuldade a minha motivação.
Dos obstáculos o degrau para chegar ao topo..."



Segue abaixo os dados gerais da prova:

Prova Número: 167
Nome da prova: 3ª Meia Maratona Internacional das Três Fronteiras
Cidades: Ciudad Del'Este-Paraguai, Foz do Iguaçu-Brasil, Puerto Iguaçú-Argentina
Data: 14 de outubro de 2018
Distância: 21,4kms
Tempo: 1h23min49seg
Média por km: 3min55seg
Colocação geral: 17º lugar
Atletas no geral (total): 761
Colocação na faixa etária de 40 a 44 anos: 3º lugar
Atletas na faixa etária: não divulgado

Número total de pódios (fora de Ubiratã): 78
Número de peito: 147




Como citei logo no início, eu ainda não estava preparado para participar de provas longas, pelo fato de estar voltando aos treinos agora após a lesão no joelho esquerdo e do período de três meses parado.
Estava apenas na minha quinta semana de treinos antes desta corrida e só participei dela pelo fato de ser uma prova diferente e única na América do Sul.
O seu percurso passa por três países saindo de Ciudad Del'Este no Paraguai onde percorremos aproximadamente 2 quilômetros.
Depois, cruzamos a Ponte da Amizade e percorremos mais uns 14 quilômetros por Foz do Iguaçu no Brasil e após cruzarmos mais uma ponte, a Tancredo Neves, entramos em Puerto Iguaçu na Argentina e percorremos aproximadamente mais 6 quilômetros para finalizar os 21,4kms de prova no Marcos das Três Fronteiras daquele país.
Uma prova fantástica. Porém, muito desafiadora. Principalmente na parte brasileira onde tem muitas subidas.
Já na parte argentina o percurso não muda muito. Porém, fica um pouco mais "fácil" do que os quilômetros percorridos no Brasil.
No Paraguai não tem nem como reclamar, pois os quase dois quilômetros percorridos lá é muito fácil e no início de prova, com toda aquela adrenalina, a subidinha para se chegar à Ponte da Amizade não faz nem refresco. rsrs
É uma prova extraordinária que vale a pena participar.

Quanto a minha participação, ela foi além do esperando. Se bem que eu queria conquistar um pódio ali. Mas, sabia que não seria nada fácil, pois ainda não venho fazendo muitos treinos de velocidade e correr distâncias longas está sendo muito sacrificante. Mas, acabou dando tudo certo e valeu a pena, em dobro, participar desta corrida.

Embarquei para Foz do Iguaçu na madrugada de sexta para sábado as 03:00h da manhã.
A viagem durou cerca de quatro horas e meia e cheguei em Foz com uma chuva imensa.
Por sorte, a entrega de kits seria somente a partir das 10 horas e aproveitei e tomei um café da manhã ali na rodoviária mesmo e assim que a chuva deu uma diminuída peguei um ônibus até o terminal e depois até o Shopping Catuaí Paladium na Avenida das Cataratas.
Cheguei lá e o shopping ainda estava fechado e assim como muitos outros corredores, fiquei esperando dar o horário de abertura do shopping.
E quando abriu, as 10 horas, entramos e retiramos os nossos kits.

Na volta, para o centro da cidade, resolvi vir a pé e caminhei quase 10kms até o Super Mufatto para o almoço e depois para a Pousada El Shaddai onde fiquei hospedado.
Após fazer check'in, fui para o quarto mais logo saí a procura de um carregador para o celular, pois o que eu havia levado deu problemas e não carregava.
Como eu já tinha visto uma feirinha de 'importados' antes da pousada. Fui até lá e comprei um.
Aproveitei também e comprei uma capa de chuva, pois havia previsão para o horário da largada no dia seguinte.
Após "as compras", retornei para a pousada e dormi boa parte da tarde.
A noite nem saí para jantar. Comi apenas algum lanche que eu havia levado de casa e as oito da noite tentei dormir.
Mas, não consegui.
Fiquei um bom tempo acordado e acho que peguei no sono somente lá pelas 10 da noite.

E cansado como estava, só acordei as 03:10h porque havia programado o alarme no horário errado.
Depois que acordei quase não dormi mais e as 04:15h me levantei em definitivo, tomei o meu café e me aprontei e as 04:40h fiz check'out e fui para o local onde sairia os ônibus que levaria os atletas até a largada.
Lembrando que a prova não oferece transporte. Este serviço foi contratado anteriormente ao valor de 35 reais. Os ônibus levaria para a largada no Paraguai e buscariam na chegada na Argentina.

Ao chegar no local, ainda não havia chegado nenhum atleta.
Estavam lá somente os ônibus.
Os primeiros corredores só foram aparecer uns 15 minutos depois e praticamente veio um atrás do outro. Até parece que haviam combinados de chegarem todos juntos. rsrs
Assim que foram chegando os atletas já fomos entrando nos ônibus e quando encheu o primeiro já partimos para Ciudad Del'Este.
Demoramos cerca de 40 minutos, ou mais, para chegar no local da prova. O motorista acabou errando o caminho no Paraguai e demos uma volta enorme. Muitos já estavam até ficando preocupados com o horário, pois a largada seria as 07:00h e já beirava as 06:00h e nós ainda estávamos procurando o lugar. rsrs
Mas, no final deu tudo certo e chegamos com tempo de sobra para ir ao banheiro, deixar os pertences no guarda volumes, fazer fotos e aquecimentos.


A largada foi dada pontualmente as 07:00h da manhã.
Saí cauteloso. Porém, o objetivo era tentar manter quatro minutos por quilômetro. Ou seja, cauteloso, mas nem tanto. rsrs
Logo após a primeira curva cheguei na elite feminina e procurei acompanhá-las, pois achava que daria conta de manter o ritmo delas até a metade da prova ou quem sabe até um pouco mais.
A atleta alvo era a Marcela Cristina. Já corri algumas provas mantendo o ritmo dela e me dei muito bem.
O ritmo inicial parecia estar tranquilo.
Acabei não ouvindo o tempo no aplicativo Strava, mas depois vi que foi 3'35. Bem rápido. rsrs

Já no segundo reduzi um pouco. Na verdade, reduzi não. Só acompanhei as atletas da elite feminina e o quilômetro foi completado com 3'49. Nesse momento já estávamos cruzando a Ponte da Amizade sentido ao Brasil e o grupo formado por elas, da elite feminina, e por atletas amadores era grande. Acho que tinha de 12 a 15 corredores ali juntos.

Mas, ao chegarmos no Brasil, e ao começar a aparecer as subidas o grupo foi se desfazendo.

Após uns cinco ou seis quilômetros só havia as cinco atletas de elite, um outro corredor que acredito ser o treinador ou preparador físico da Marcela, pois ele a acompanhava o tempo todo e até água ele pegava nos pontos e passava pra ela, e eu. Ou seja, o grupo de quase quinze corredores reduziu para apenas sete.

O percurso não dava trégua e ora ou outra aparecia uma rampinha, ou uma subida mais longa para quebrar o ritmo. Inclusive, o km 6, que se não me engano, foi na rampa da Avenida Brasil, local onde também passa o percurso da Maratona de Foz, e este km foi completado em 4'25.
Sempre nestas subidinhas eu ficava um pouco pra trás, mas recuperava a distância logo depois.

Após a subida da Avenida Brasil a Marcela acabou parando para amarrar seu tênis e acabou ficando bem pra trás e eu seguia as outras três ou quatro que seguiam na ponta.
Antes do km 8, já na subida da Avenida das Cataratas a Marcela me ultrapassou novamente e seguiu na cola das demais concorrentes e eu acabei ficando.
A subida era muito longa e intensa.
As atletas abriram mais de cem metros de mim e assim permaneceu.

Passei a marca dos 10kms com 39min22seg.
Abaixo dos quatro minutos por quilômetro, mas não sei se suportaria este ritmo médio até o final, porque o corpo já começava a dar sinal de cansaço e não era pra menos.
De quinta para sexta, feriado de Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida eu havia acordado as três da manhã para participar de uma caminhada em homenagem a Santa Padroeira do Brasil que teve na minha cidade.
A caminhada foi de 18,5kms que finalizei com quase três horas.
Na madrugada seguinte, de sexta para sábado, eu acordei as duas da manhã para viajar para Foz e onde caminhei mais de 10kms por lá. E na madrugada de sábado para domingo eu acordei as três da manhã para participar desta prova, então a essa altura da corrida o corpo já estava quase pedindo arrego. rsrs
Mas, não podia desistir ali e assim tão fácil.

Tentei então dar uma apertada no passo para tirar a diferença que estava das atletas de elite e consegui tirar um pouco. Não o suficiente para alcançá-las, mas tirei uma boa distância.
Aproveitei a descida do Shoppin Paladium e mandei 'brasa'. rsrs
Já que o percurso era favorável nesse momento vamos partir pra cima.
Nos kms 12 e 13 o ritmo foi de 3'36. Tão bom como no início.

Já nos kms seguintes (14 e 15) voltei a maneirar, pois nesse ritmo eu ainda não tô pronto para manter por muito tempo. Mas, foram todos abaixo dos quatro minutos (3'51 e 3'49) e fechei os 15kms com quase 59 minutos. Muito bom!

Pouco depois, por volta do km 16, mais ou menos, cruzamos a Ponte Tancredo Neves deixando o Brasil para trás e adentrando em território argentino.


Com um pé em território brasileiro. O próximo já seria na Argentina.



Após cruzar a ponte, não mais consegui acompanhar as atletas de elite que, literalmente, 'sumiram' de vista após a primeira curva que apareceu. E o meu ritmo passou a ser acima dos quatro minutos por quilômetro, com exceção dos kms 18 e 20, onde havia um pouco mais de descida e marquei 3'43 em ambos.


O km 21 foi completado com 4'01 e o tempo total nesse momento era de 1h22min e alguma coisa e apesar de já ter feito 21 quilômetros, eu não via o pórtico de chegada.
No site oficial dizia que o percurso oficial teria 21.030 metros. Mas, deu mais. Bem mais. rsrs
Mas, sabendo que estava no fim, acelerei o que dava, aproveitando a descida, para completar os 21,4kms, anotados no meu Strava, com o tempo oficial de 1h23min49seg e 3'55 de média.


Após concluir a prova, tomei um pouco de água, comi algumas frutas e fui dar uma passeada pelo Marco das Três Fronteiras da Argentina e somente depois fui pegar os meus pertences no guarda volumes e tirar a camiseta toda molhada.
Achei muito bonito o local. Dá de dez a zero, no Marco brasileiro.
Vale a pena visitar.

E por volta das 10 horas, enquanto eu estava sentado em um banco da praça ao lado do pórtico de chegada, ouvi alguém comentando que havia saído a classificação das faixas etárias e perguntei onde estavam publicados e me apontaram o local e fui rapidinho lá ver e se eu já estava feliz por ter voltado a competir e conquistado um pódio na minha re-estréia uma semana antes. Feliz por ter completado mais uma meia maratona, imagine como fiquei feliz por ver o meu nome ali, estampado em 3º lugar na faixa etária dos 40 aos 44 anos naquela prova inesquecível.

Só não dei gritos e pulos de alegria para não me chamarem de louco. kkkkkk
A felicidade foi gigantesca.

Os três primeiros da faixa etária de 40 a 44 anos.


Parece que nunca uma premiação demorou tanto para acontecer como aquela. rsrs
Se bem que, tinha uns e outros que demoravam demais para chegar no pódio e quando chegavam, enrolavam demais lá em cima e sempre era chamada a atenção pelo locutor argentino que cobrava atenção e agilidade aos atletas para não atrasar a premiação.


E enfim, chegou a hora da minha categoria. Como não tinha ninguém para fazer uma foto minha no pódio, acabei pedindo para uma argentina que muito gentilmente me ajudou a eternizar aquele momento que ficará gravado eternamente em minha memória.
Nem mesmo a quebra do ônibus na volta pra casa, que me fez atrasar quase duas horas, me fez entrar em desespero. rsrs



Cumprimentando o segundo colocado da categoria.
O primeiro não apareceu para receber o seu troféu.




E assim finalizo esta postagem.
Espero que tenham gostado.


Segue abaixo mais algumas fotos:

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O kit da prova.
O valor da inscrição custou R$ 107,89.

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Antes da prova.
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Em algum lugar do percurso prestes a fazer mais uma ultrapassagem.
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Nos metros finais.
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Quase completando.
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Concluindo.
Momento eternizado pelo amigo Léo Nunes de Foz.
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Mais uma pra conta.
Ao fundo o Marco das Três Fronteiras da Argentina.
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A bela medalha com o Marco das Três Fronteiras da Argentina ao fundo.
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Brasil à direita, Paraguai ao fundo e Argentina à esquerda.
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Pódio da elite feminina.
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Classificação das 5 primeiras colocadas no feminino.
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Pódio da elite masculina.
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Classificação dos 20 primeiros no geral masculino.
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Recebendo mais um troféu e que considero um dos mais importantes da minha carreira de atleta amador.
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Pena que a foto principal do pódio ficou meio "poluída" por esse rapaz aí. Mas, tá valendo.
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Percurso da prova.
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Videozinho da prova no Relive.cc.
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Problema no ônibus na volta pra casa.




Agradecimentos:
Primeiramente sempre a Deus, pois sem Ele nada seríamos, por intercessão de Nossa Senhora Aparecida e do Sagrado Coração de Jesus pelo dom da saúde e por me proporcionar tantas coisas boas que nem sei se mereço tudo isso.
Agradecimentos também à Academia Boa Forma, minha esposa, família e amigos.

Abraço a todos e até a próxima.




#tuttamaratonista


2 comentários:

Unknown disse...

Olá meu nome e alan e quero correr essa meia maratona como vc achou o ônibus e pagou o que vai para a largada?

tutta disse...

Resposta ao 'Alan':
Olá Alan, me desculpa não ter respondido antes. Não sei o que aconteceu, mas os comentários não estão sendo publicados aqui automaticamente como antes. Eles estão indo parar no e-mail para moderação e acabei não vendo.
Espero que você tenha conseguido encontrar o ônibus, que na verdade, teria pessoas no local da entrega dos kits 'vendendo' os translado.
Abraço.

#tuttamaratonista