domingo, 21 de setembro de 2025

Diploma de Maratonista 2024

 2024 foi um ano inesquecível na minha jornada como atleta amador. Um ano que ficará eternamente gravado na memória e, mais do que isso, na história da minha vida esportiva. Após muitos treinos, desafios, renúncias e uma paixão que nunca deixou de pulsar forte, conquistei um resultado que me enche de orgulho: fui o 4º melhor maratonista brasileiro na faixa etária de 45 a 49 anos em um ranking elaborado pelo Revista Contra Relógio dentre todas as maratonas oficiais brasileiras.

Diploma Recebido da Contra Relógio.
4º lugar dentre os 2.104 atletas que alcançaram o índice da faixa etária 45/49 anos.
Se houvesse um ranking geral, eu havia sido o 118º colocado no lugar dentre os 14.287 atletas que ingressaram no ranking.


Alcançar esse nível, em meio a tantos atletas talentosos de todo o país, é algo que ultrapassa o simples resultado. É a validação de anos de esforço silencioso, de inúmeras sessões de treinos, de correr sob sol, chuva, frio e cansaço. Mas, sempre com o coração apontando para um sonho: o de evoluir, superar limites e viver o melhor do atletismo.

Essa conquista se concretizou de forma épica na
Maratona de Jurerê, onde atingi o meu recorde pessoal na distância com o tempo de 2h37min54s. E como se não bastasse esse marco pessoal, tive a felicidade de ficar em 5º lugar geral na prova, dividindo o pódio com nomes consagrados do atletismo nacional. Um daqueles momentos raros e emocionantes em que o esforço se transforma em realização, e a superação vira celebração.

No pódio em Jurerê.
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Classificação da Maratona de Jurerê.



Esse diploma, agora eternizado na parede da minha sala, representa muito mais do que um resultado: é um símbolo de superação, paixão e da força de um sonho que se concretiza.
Sem dúvida, um capítulo inesquecível da minha história no esporte.

domingo, 14 de setembro de 2025

Corrida Nº 262 - 2ª Corrida Max Fit Academia - Corbélia-PR (31ago2025)


 A corrida sempre foi, pra mim, mais do que apenas cruzar a linha de chegada. É um desafio interno, uma conversa intensa entre o corpo e a mente — e nesse domingo, em Corbélia, eu escrevi mais um capítulo marcante da minha história como corredor.
Esse dia, foi mais do que uma corrida. Foi um duelo entre o que eu achava que não conseguiria fazer... e o que de fato eu fui lá e fiz.



Na dúvida, vá - corra.
O pódio pode estar te esperando — mesmo quando você acha que não está pronto.




Segue os dados gerais da prova:

Corrida número: 262
Nome da prova: 2ª Corrida Max Fit Academia
Cidade: Corbélia-PR
Data: Domingo, 31 de Agosto de 2025
Distância: 10kms
Tempo: 35min57seg
Média por quilômetro: 3min35seg
Classificação geral: 3º lugar
Atletas no geral: 36 atletas
Número de pódios (fora de Ubiratã): 147 pódios
Pódios por classificação geral: 66 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 73 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 8 pódios
Número de peito: 230



As semanas que antecederam a prova foi difícil.
Vinha me recuperando de uma gripe forte e os treinos não estavam encaixando como deveriam. O corpo não respondia como eu gostaria. A vontade de competir oscilava. Cheguei a pensar em não ir. Mas a paixão por competir falou mais alto — e ainda bem que falou. Porque mesmo sem estar 100% preparado, eu fui lá e fiz acontecer. Não só corri… mas corri e conquistei mais um pódio no geral, mostrando que a garra, o coração e a experiência fazem toda a diferença quando a largada é dada.
E na verdade, quem carrega o espírito da corrida no peito não precisa de motivos, só de coragem.

E assim eu fui.
Fui mesmo sem a confiança de semanas perfeitas de treino. Fui com o que eu tinha — e mais ainda, com o que eu sou.

Acordei às 4h45 da manhã. A cidade ainda dormia, o céu ainda escuro, e eu ali, tomando o meu café (que foi apenas um pão francês com mussarela e um energil C) e preparando coração. Às 5h45, com um pequeno atraso, a Layla passou em casa já com o carro cheio de atletas e partimos rumo a Corbélia. O clima estava relativamente frio e o vento aumentava essa sensação gelada. Mas lá dentro de mim... já começava a nascer o fogo de quem estava pronto para lutar.

Chegamos com cerca de 40 minutos de antecedência para a largada. Mas, eu já fui quase pronto. Apenas troquei o tênis (peguei o adzero adios pro 3) deixei a mochila no carro do Tite, aqueci com leveza, troquei algumas palavras com os amigos — os mesmos que, como eu, vivem por essa emoção única que é o momento da largada.

Faltando poucos minutos, me alinhei perto do pórtico. Respirei fundo. Deixei o Garmin preparado, marquei mentalmente o ritmo-alvo: 3min40/km. Mas algo dentro de mim dizia: “Hoje, você vai além.”

Dada a largada - acelerei.
O corpo respondeu com uma intensidade surpreendente. Saí forte, leve, como se a falta de treinos tivesse sido apagada naqueles primeiros metros. O ritmo era ousado, mas eu deixei fluir. Hoje, o instinto ia me guiar.
Completei o primeiro km com 3min27seg.

Com o amigo Tite de Corbélia pouco depois de fechar o primeiro km.


Antes do km 2 passamos pela subida da Praça Paraguaia. E com ela, o teste. As pernas sentiram, o fôlego oscilou, mas mantive a cabeça no lugar. Eu sabia que não seria fácil. Mas também sabia que seria possível. O tempo se elevou um pouco. Fechei o km 2 com 3min45. Mas tava bem. Era o 5º geral naquele momento.

Na sequência recuperei o ritmo. Meus olhos focaram nos atletas à frente. E a diferença era pequena para os próximos dois atletas. A caça havia começado. rsrs

Pouco antes de completar o quarto quilômetro passo o quarto colocado. Poucos metros depois, assumi a terceira colocação. Mas ele veio junto. Senti sua respiração no 'cangote' (no sentido figurado, é claro. kkkk) suas passadas ecoando atrás de mim. Ele não queria me deixar escapar e a disputa foi intensa.

Passamos praticamente juntos em baixo do pórtico completando a primeira volta e aquele km foi fechado com 3min31seg e os primeiros 5kms com 18min06s e seguimos quase lado a lado por mais de um km. Mas, decidi: não deixaria aquela posição escapar por nada.
Acelerei. Forcei o ritmo, mesmo sentindo o peso da primeira metade. Mas cada dor ali era um lembrete: é isso que faz um corredor grande. A dor é o ingresso para grandes conquistas.

Fechei o sexto km com 3min25s e novamente chega a subida da Praça Paraguaia, o percurso exigia foco, e as pernas já pediam um pouco de trégua. Mas o coração dizia: “Agora é a hora de mostrar do que você é feito.”

 Ali, comecei a perceber que a terceira colocação era minha e eu ia defender — com unhas, pernas e coração. O atleta que vinha atrás já não respirava tão próximo. Cada passada minha era uma afirmação: "Eu estou aqui. Eu mereço esse lugar."
As passadas atrás começaram a sumir… o quarto colocado começou a ficar. E eu segui.

Agora, praticamente sozinho, e com boa vantagem para o quarto colocado, apenas mantive o foco e o ritmo. Sabia que o segundo colocado estava fora de alcance, mas a terceira colocação era minha.

Apenas procurei segurar o ritmo e mantive a firmeza. Não havia mais ameaças diretas, mas também não havia espaços para relaxar. Em corrida, um segundo de descuido vira uma vida inteira de arrependimento.
No último retorno, olhei o relógio e contei mentalmente: 25 segundos de vantagem. Cerca de 200 metros, aproximadamente. Mas ainda precisava selar. A cabeça firme. O foco inabalável.

Veio o km final e ali tive a certeza de que não mais perderia aquela colocação.
Mantive a concentração, resisti ao cansaço e após a última curva, ao avistar o pórtico de chegada, conferir o tempo e vi que se forçasse um pouquinho fecharia a prova abaixo dos 36 minutos.
E foi o que eu fiz - acelerei e cruzei a linha de chegada com tudo o que tinha direito. Sorriso no rosto, braços abertos, o coração explodindo de alegria no peito e aquele sentimento de que só quem corre entende: eu venci a mim mesmo. Mesmo sem os treinos ideais, mesmo com dúvidas, eu fui, me entreguei e fiz o meu melhor.
Prova completada com 35min57seg e o último km a 3min27s.

Cruzando a linha de chegada.



Trotei uns 200 metros para retomar o fôlego, mas a alma já estava em festa. Voltei e recebei minha medalha.
Logo mais, uma premiação também: R$400 reais pelo 3º lugar geral. Mas nada disso se compara à sensação de saber que mesmo sem estar no auge, eu fui gigante.

A resenha com os amigos veio, como sempre, saborosa. Risos, histórias, detalhes da prova. O pódio chegou. E com ele, mais que troféu: o reconhecimento de quem não desiste. De quem corre com coragem, não com desculpas.

Na volta, a gratidão à Erica, pela carona na volta. Também à
 Layla, pela carona na ida. E a todos que, de alguma forma, compartilham essa jornada comigo.


Porque ser um grande corredor não é só esperar pelo momento perfeito — é saber fazer do agora a sua melhor versão. 

E naquele dia, 31 de agosto de 2025, eu escrevi mais um capítulo da minha história como atleta amador.

Na dúvida, vá. Corra. Acredite. O pódio pode estar te esperando — mesmo quando você acha que não está pronto.


Segue abaixo mais algumas fotos:

Meu número.
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A camiseta da prova.
Aparentemente muito bonita, mas o material não é dos melhores.
Porém, pelo valor de 70 reais - tá de bom tamanho.
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Em mais um pódio.
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"Conquistas não caem do céu. Elas exigem muita luta, esforço e força de vontade."
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Os 5 primeiros colocados no geral do 10kms.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser encontrada no site do Rodrigo Cirilo.
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Com os amigos Tite de Corbélia e Magaiwer de Ubiratã.
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Com Magaiwer e Osmir.
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Premiação recebida em Corbélia.
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Minha esposa quase completando os 5kms com o tempo de 35min24seg.



domingo, 7 de setembro de 2025

Corrida Nº 261 - 17º Desafio de Equipes - Cascavel-PR (03ago2025)

Nas últimas semanas, a rotina de treinos foi interrompida por uma gripe mais forte. O corpo sentia, o fôlego diminuía, e a cabeça oscilava entre o desejo de competir e a dúvida sobre o desempenho. Mas quem corre sabe: há algo dentro de nós que fala mais alto. E foi com esse espírito – de superação e entrega – que me lancei ao 17º Desafio de Equipe em Cascavel.

"Os grandes atletas não nascem prontos — eles se constroem nas quedas, nos recomeços e na coragem de tentar outra vez."



Segue os dados gerais da prova:

Corrida número: 261
Nome da prova: 17ª Desafio de Equipes
Cidade: Cascavel-PR
Data: Domingo, 03 de Agosto de 2025
Distância: 7kms
Tempo: 24min56seg
Média por quilômetro: 3min33seg
Classificação geral dentre as equipes masculinas: 12º lugar
Atletas no geral dentre as equipes masculinas: 114 atletas
Classificação da equipe: 2º lugar
Total de equipes: 19 equipes
Número de pódios (fora de Ubiratã): 146 pódios
Pódios por classificação geral: 65 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 73 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 8 pódios
Número de peito: 582


No amanhecer do dia 3 de agosto de 2025, saí de Ubiratã ainda no escuro, às 5 da manhã, ao lado do amigo Fernando, que gentilmente me levou até Corbélia. De lá, nos juntamos com o grupo Corbélia Runners, partindo em dois carros rumo à prova em Cascavel.
Já de início quero deixar um agradecimento especial ao Marciano, que completou a gentileza nos levando até o local da corrida. Pequenos gestos que se tornam gigantes quando a jornada é compartilhada.

Chegamos ao Lago Municipal de Cascavel com cerca de 40 minutos de antecedência. Tempo suficiente para respirar o ar da competição, retirar o numeral e reencontrar amigos de outras corridas – aqueles que, como eu, fazem da estrada um altar para os seus desafios pessoais.

Com o aquecimento feito e o coração acelerado – não só pela corrida que se aproximava, mas pela emoção do momento – me posicionei o mais à frente possível no pelotão. Às 8 horas em ponto, com um clima agradável e o cenário perfeito, a largada foi dada.

Saí com cautela, como aprendi ao longo dos anos. Evitei o caos inicial e, alguns metros depois, com espaço para respirar, comecei a impor ritmo. O plano era correr com tranquilidade devido a falta de preparado adequado – Garmin ajustado para 3min40 por km – mas o corpo surpreendeu. O primeiro quilômetro? 3min25. O segundo? Também 3min25. O percurso era gentil, e por alguns instantes, parecia que tudo estava alinhado: mente, corpo e estrada.

No retorno, antes de entrar na pista que circunda o lago, encarei uma subidinha mais exigente e vi meu ritmo cair para 3min43. Já dentro do circuito plano, o cenário era ideal para acelerar, mas os poucos treinos cobraram sua conta. O cansaço veio, o fôlego faltou, e restava administrar a corrida com inteligência.

Ainda assim, ganhei mais algumas posições, e alcancei a marca dos 5km com aproximadamente 17min50. Nos quilômetros finais, sem muita reação para alcançar quem estava à frente e sem ameaça vinda de trás, mantive meu ritmo. Acelerei apenas no último quilômetro, fechando em 3min31.

Cruzei a linha de chegada com 24min56 nos 6,99km de percurso. Um tempo que, para quem vinha se recuperando e com poucos treinos, é mais que satisfatório – é motivo de orgulho. Um pace médio de 3min35, a 12ª colocação geral dentre os atletas da categoria Equipes Masculinas, e o coração leve por saber que, mesmo sendo o 6º atleta da equipe (último), contribuí para que a equipe
Edu Antunes 02 conquistasse mais uma vez o 2º lugar geral entre as equipes masculinas.

Completando os quase 7kms da prova.



A prova foi apenas parte da jornada. Depois da linha de chegada veio o melhor: a resenha com os amigos, as histórias trocadas, o sorriso de cada conquista compartilhada, fotos e o pódio para coroar mais esta competição.

Ao final de tudo, retornamos para Corbélia e de lá para Ubiratã onde passei o restinho da manhã e começo de tarde no Bar da Nena com o Fernando e o Magaiwer onde tomamos uma ou outra cerveja enquanto jogávamos um bom bingo. Não ganhamos nada. Mas, o valor por estar entre amigos, não tem nada que pague. Ao final ainda fomos para minha casa para fechar o dia com um bom vinho, amizade e gratidão.

Finalizo agradecendo ao Eduardo por mais uma vez confiar em mim e me convidar a integrar sua equipe. Obrigado também, do fundo do coração, ao Fernando e ao Marciano – vocês fizeram mais do que me levar ao local da corrida: ajudaram a carregar um sonho até a linha de largada.

Porque no fim, mais do que pace, medalha ou colocação, o que importa é ter estado lá – presente, inteiro, disposto – superando limites e vivendo intensamente cada passo da jornada.

Essa prova foi mais do que uma competição. Foi um lembrete de que, mesmo em dias difíceis, ainda temos muito a oferecer. Porque correr vai além do pace – é sobre superar, conectar e viver intensamente cada passo da jornada.


Segue abaixo algumas fotos:


Após a prova.
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Com os ubiratanenses presentes na prova.
Bruno Morita (27:26) representou a equipe do Danielzinho Nº 4 e eles ficaram na 4ª colocação geral dentre as equipes masculinas.
Fernando Matiussi (26:13) representou a equipe Corbélia Runners  e eles ficaram na 3ª colocação geral dentre as equipes masculinas.
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Equipe Edu Antunes 02 - vice-campeã geral dentre as equipes masculinas.
Tutta 24:56, Marcelo 24:02, Rodrigo 23:58, Eduardo 23:02, Douglas 24:48 e Robson 23:11.
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"O pódio não é apenas o lugar dos vencedores — é o reflexo da dedicação em cada treino, de cada dor superada, e da escolha diária de não desistir. A conquista começa muito antes da linha de chegada."
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Classificação das 3 primeiras equipes na categoria Equipes Masculinas.
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Os 15 primeiros atletas na classificação geral dentre os atletas das Equipes Masculinas.
Até a data desta postagem, a classificação geral poderia ser vista no site do Rodrigo Cirilo.
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O péssimo troféu e a medalha bem feinha do 17º Desafio de Equipes.
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Atletas da equipe Edu Antunes.
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