E sigo para mais uma prova de 10km. A terceira nos últimos
15 dias.
"Estar entre os melhores não é apenas um privilégio, é também uma responsabilidade e uma honra."
Segue os dados gerais da prova:
Corrida número: 258
Nome da prova: 3ª Corrida Rústica do Trabalhador
Cidade: Marechal Cândido Rondon-PR
Data: Domingo, 04 de Maio de 2025
Distância: 10kms
Tempo: 34min57seg
Média por quilômetro: 3min30seg
Classificação geral: 4º lugar
Atletas no total geral: 97 atletas concluintes
Número de pódios (fora de Ubiratã): 143 pódios
Pódios por classificação geral: 63 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 72 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 7 pódios
Número de peito: 1030
A verdade é que, inicialmente, eu já havia desistido de correr essa prova. O sábado foi inteiro dedicado ao trabalho, e a ideia de acordar cedo no domingo parecia improvável. Mas a vida sempre nos surpreende quando menos esperamos. No fim da tarde, recebi uma ligação do meu amigo Hélder, que trabalha na secretaria de esportes. Ele me disse que não teria expediente no domingo e poderia me levar. Aquilo reacendeu algo dentro de mim.
Sem hesitar, conversei com minha esposa pra saber se ela toparia em ir, pois ela também estava inscrita e ainda chamamos seu filho, Lucas, para ir com a gente fazer companhia.
Combinamos com o Hélder de sair às 4h30 da manhã de Ubiratã. E saímos pontualmente nesse horário.
Mesmo com Marechal não sendo tão distante, chegamos quase em cima da hora. A largada estava marcada para as 7h10, e o clima de tensão já tomava conta por causa das longas filas para a retirada dos kits — e a ambulância, ainda ausente, também causava atraso. No fim, esse contratempo jogou a nosso favor.
Retiramos o kit e nos aprontamos rapidamente e fomos para o local da largada que foi dada em ondas: primeiro os atletas PCDs, dois minutos depois os corredores dos 5km (minha esposa estava inscrita nessa distância), e então, os 10km — a minha vez.
E ali, mais uma vez, como na prova em Corbélia que havia sido realizada apenas quatro dias antes, resolvi sair forte. No disparo da largada, pressionei o botão do Garmin, mas, no meio da adrenalina, não ativei corretamente. Só percebi cerca de 50 a 100 metros depois, que foi quando consegui sair do aglomerado e conferi pra ver se tava tudo certo. Sempre faço isso — e, ainda bem que fiz de novo. rsrs
Garmin acionado, agora só faltava acelerar - e assim foi feito.
Completei o primeiro quilômetro em 3min16s, ocupava a 10ª posição naquele momento. Mas o meu corpo pedia mais. E eu fui.
Fui subindo posições com confiança, ritmo, foco e vontade. Já próximo ao km 5, assumi o 5º lugar geral, passando com cerca de 17 minutos. Pouco depois, ultrapassei o Mateuzinho e assumi a 4ª colocação.
À frente, estava o Betão, com cerca de 30 metros de vantagem. E a perseguição começou.
No entanto, no último retorno, por volta do km 8,5, o vento contra começou a castigar. Em seguida, veio a subida mais exigente do percurso. Mas, ali, mesmo com o cansaço já batendo, consegui encurtar a distância até Betão. Quando terminamos a subida, a descida chegou — e ele acelerou. Viramos à direita e partimos para uns 400 metros no sprint final. Dei tudo de mim. Fiz o último km na casa dos 3min30s, mas não fui o suficiente para ultrapassá-lo e cruzei a linha de chegada a apenas 3 segundos dele, na 4ª colocação geral.
Mas, sabe de uma coisa? Eu terminei aquela prova feliz demais.
Pois, depois de tantos anos, consegui, novamente, correr os 10km abaixo dos 35 minutos. E o mais incrível: em apenas quatro dias, fiz isso duas vezes. Um feito pessoal, um marco, uma confirmação de que a dedicação, mesmo apesar da idade, mesmo diante dos imprevistos, sempre vale a pena.
Fechei a 3ª Corrida do Trabalhador com o tempo de 34min57s. Um resultado excelente. Um tempo para respeitar. Uma performance para celebrar.
Já o pós-prova foi só alegria: frutas, isotônico, chopp, reencontros, conversas boas e, para coroar o dia, a presença da lenda Vanderlei Cordeiro de Lima. Ele autografou uma foto nossa de 2007, do meu primeiro pódio — o mesmo pódio onde ele me entregou o troféu naquele ano. Um ciclo que se reencontra e se renova.
Terminei o dia entre amigos, risadas, histórias e mais um pódio, lado a lado com grandes feras do atletismo regional e, porque não dizer, internacional. Já que o campeão, Edelson, representa o Brasil em competições internacionais.
Mas, não posso deixar de mencionar o que realmente tornou aquela manhã inesquecível foi ver minha esposa cruzando a linha de chegada, superando seus próprios limites e completando a prova melhor do que esperava. Aquilo encheu meu coração de orgulho — porque ver quem a gente ama vencendo também é uma vitória nossa.
Foi a prova de que o esporte é mais do que números e posições: é transformação, é conexão, é inspiração.
E fica aqui o lembrete, para mim e para você:
Sempre haverá mil motivos para desistir, mas basta um para continuar — e, às vezes, esse motivo é você mesmo. Ou alguém que te inspira. Ou aquele sonho antigo que insiste em viver.
Acredite. Persista.
E quando menos esperar, você vai estar comemorando aquilo que um dia achou impossível.
Porque no fim das contas, não é só sobre correr. É sobre persistir. Sobre levantar mesmo cansado. Sobre confiar no próprio potencial. E, acima de tudo, sobre nunca deixar de acreditar que ainda é possível surpreender a si mesmo.
Já no retorno para casa, passamos no Big Peixe, na rodovia entre Toledo e Cascavel, e almoçamos pratos maravilhosos e ainda pra fechar o dia, passamos no Parque Municipal em Assis Chateubriand onde ainda corri uma volta ao redor do lago e minha esposa fez mais duas voltas correndo e bem animada e motivada a continuar.
Por fim, embarcamos no carro e voltamos para casa e aqui deixo meu agradecimento ao Hélder, por abdicar do seu dia livre para nos fazer este grandíssimo favor.
Segue abaixo algumas fotos.
Largada dos 10kms.
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A lenda Vanderlei Cordeiro de Lima autografando uma foto minha que tirei com ele lá em 2007 em Foz do Iguaçu no meu primeiro pódio.
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"Tirar uma foto ao lado da lenda Vanderlei Cordeiro de Lima é mais do que um registro — é eternizar um momento ao lado de um símbolo de superação, humildade e inspiração para gerações."
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Vanderlei autografando minha foto.
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A foto e o autógrafo.
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Leide, Vanderlei e Tutta.
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Com minha esposa após a prova.
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Minha chegada.
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"O pódio não é só um lugar de chegada — é o começo de novos desafios com ainda mais confiança."
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Os 5 primeiros colocados nos 10kms masculino.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser acessada no site da chiptimig.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser acessada no site da chiptimig.
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Parciais dos kms.
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Chegada da minha esposa com 33min48s nos 5kms.
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