Após a Maratona de Ponta Grossa, em março, eu me dei duas semanas de folga e depois voltei a fazer o treinamento visando um sub-3h em Florianópolis. Mas, como a prova foi adiada precisei mudar os planos e decidir por Porto Alegre.
"Quando o fôlego estiver acabando e as pernas estiverem cansadas, foque no poder da vontade e siga em frente."
Segue os dados gerais da prova:
Corrida número: 213
Nome da prova: 37ª Maratona Internacional de Porto Alegre
Cidade: Porto Alegre-RS
Data: Domingo, 12 de junho de 2022
Distância: 42,2kms
Tempo: 2h57min21seg
Media por quilômetro: 4min12seg
Colocação geral: 254º lugar
Atletas no geral: Completaram 2.962 corredores
Colocação na categoria por faixa etária (45/49 anos): 19º lugar
Atletas na faixa etária: Completaram 497 corredores
Número de pódios (fora de Ubiratã): 110 pódios
Pódios por classificação geral: 42 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 64 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 4 pódios
Número de peito: 3031
Vinha fazendo excelentes treinos até a manhã de Sexta-feira Santa quando decidi fazer um treino de 15kms mais forte. E fiz. Fechei o treino com 55min56seg. Mas, pouco antes do km 11 senti uma fisgada na panturrilha esquerda e não parei, nem diminui o ritmo, mesmo sabendo que aquilo poderia agravar. E agravou.
Nas quatro semanas seguintes não pude treinar. Em toda tentativa a dor voltava.
Só consegui retornar aos treinos novamente no início de maio e ainda assim chegava ao final bastante ofegante e praticamente exausto. Mas, logo consegui pegar condicionamento novamente e os treinos fluíram muito bem. No entanto, o sub-3 já estava descartado para a prova de Porto Alegre. E pretendia buscar esta marca lá em Campo Grande em julho (dia 10).
Duas semanas antes de viajar para Porto Alegre fiz um longão de 'responsa'. Foram 40kms com média de 4min43seg por quilômetro e sem sofrer muito. E o novo objetivo agora era tentar manter este mesmo pace em POA para não desgastar tanto para os próximos treinos já visando o objetivo de sub-3h no Mato Grosso do Sul.
Mas, ainda antes da viagem para o Rio Grande surgiu um último contratempo. No dia da viagem acabei sentindo uma dor nas costas durante o trabalho e naquele dia trabalhei na marra até às 17 horas.
Já ás 18 horas, o amigo Hélder me levou, juntamente com meu pai, para Cascavel onde embarcaríamos para Porto Alegre.
Na chegada na rodoviária em Cascavel encontrei com o Fernando, que estrearia oficialmente em maratonas e sua namorada que faria os 21k.
O ônibus estava previsto para às 20:01h. Mas, acabou atrasando quase uma hora e meia e saímos de Cascavel às 21:23h num ônibus da empresa Nova Integração. Achei o ônibus bem ruim e bastante desconfortável. Por sorte estava bem vazio e pude ir numa poltrona sozinho e aí deu uma pequena melhorada. No entanto, não consegui dormir nada, devido aos milhares de buracos nas estradas.
Chegamos em Porto Alegre às 10:14h da manhã de sábado (dia 11/06).
Ao chegar em POA me encaminhei para o hotel para deixar a bolsa e segui direto para o shopping Barra Sul retirar o kit e de lá fui a pé até o Estádio Beira-Rio comprar ingresso para assistir Inter e Flamengo a noite.
Depois de comprado os ingressos fiz meu pai caminhar um monte e fomos até o centro onde almoçamos e após o almoço passamos no Mercado Municipal e de lá fomos até a Arena do Grêmio e quando retornamos foi a conta de tomar banho, jantar e seguir para o estádio ver o Inter derrotar o Flamengo pelo placar de 3 a 1. Infelizmente perdemos o último gol porque saímos 5 minutos antes do término da partida para evitar tumulto (que não houve) para pegar o Uber.
Chegamos no hotel e fomos dormir por volta das 23:30h.
No dia seguinte, dia da corrida, acordamos às 05:15h com um frio de 6 graus e sensação térmica de 2.
Me aprontei rapidamente, comi o meu próprio café da manhã e descemos para o saguão para pedir um Uber que estava custando o olho da cara naquele dia. Mas, antes de confirmar a partida uma corredora ofereceu carona e fomos com ela e quase perdemos a largada. kkkk
O congestionamento era enorme e todas as ruas ao redor do Shopping Barra Sul estavam bloqueadas, até que a paranaense de Ivaiporã, Letícia, teve a ideia de deixar o carro com meu pai e descemos os dois e fomos correndo para a largada. Só deu tempo mesmo de pegar o número de celular dela para ligar pra ela após a prova para a devolução do carro.
E o meu pai, mesmo sem a carteira, se virou muito bem nas ruas super movimentadas de POA e nós (a Letícia e eu) conseguimos chegar a tempo na largada. Que acabou atrasando 9 minutos.
Mas, foi uma adrenalina e tanto. kkkk
E na pressa, acabei deixando minha luva e o cinto porta-documentos onde colocaria o celular durante a corrida. Só percebi quando adentrei o local de largada. Aí já era tarde. kkkk
Demorei cerca de 3 minutos para cruzar a linha de largada e no primeiro km foi quase impossível correr. No entanto, ainda fiz com 4 minutos e 40 e alguma coisa de segundos. Como estava sem pretensão até que estava bom.
Mas, no km seguinte consegui baixar o tempo para 4min20 e conforme eu ia me esquentando (se é que dava para esquentar correndo com 2 graus de temperatura kkk) só ia baixando os tempos km a km até chegar ao ponto de estar correndo sempre perto da casa dos 4 minutos sem sentir esforço algum.
Passei a marca dos 10 quilômetros com 43min20seg e cheguei nos 14 (um terço de prova) abaixo de uma hora. Ou seja, mantendo essa pegada dava para um sub-3h.
Apesar do frio, e de algumas rajadas fortes de vento contra, eu estava indo muito bem. Sem fazer nenhuma força exagerada e sem sentir as dores nas costas que começou a incomodar só lá no início.
Após a primeira passagem ao lado do pórtico de largada/chegada pegamos algumas leves subidas, mas nada que pudesse afetar o ritmo que continuava ali na casa dos 4 minutos a 4 minutos e pouquinho.
Quando passamos novamente pelo pórtico (contado com a largada, já era a terceira vez, rsrs) fechamos a primeira metade da prova. Ou seja, 21kms, e o meu cronômetro marcava 1h28'40.
Naquele momento senti que dava para fazer sub-3. E nos kms seguintes comecei a correr até um pouco mais rápido. Baixando para 4 minutos a 4 minutos e 5 segundos no máximo. E algumas vezes fazia abaixo dos 4 minutos.
Por volta do km 25 passei sem saber, passei pelo Sandri de Maringá (seremos parceiro no revezamento em Foz logo mais em setembro). Mas, ainda não nos conhecíamos. Ele viu o nome de Ubiratã na camisa que eu estava usando e falou mais ou menos assim: "você é de Ubiratã, acho que vamos ser parceiro de duplas em Foz". E foi assim que nós nos conhecemos. Kkkk
Conversamos por cerca de 1km e eu segui, pois estava bem e sabia que no final iria diminuir um pouco, como sempre acontece. E então quis manter a pegada até onde dava.
Cheguei no km 29 com 1h59 e alguns segundos.
Achei muito bom. Quando eu fiz 2h52 em Curitiba eu tinha esse tempo no km 30. E como eu vinha correndo na média de 4 por km, fiz os cálculos e poderia dar 2h56 que estaria mais do que excelente para quem queria apenas completar a prova.
E graças a Deus como eu corri vários quilômetros na casa dos 4 minutos e algumas vezes até abaixo, consegui 'acumular' segundos para "usar" mais no final quando comecei a ultrapassar a marca dos 4min10seg, depois 4min15seg e os últimos dois ou 3 quilômetros foram acima dos 4min30seg e cheguei livre, leve, solto e feliz da vida com o tempo de 2h57min24seg e depois pelo tempo oficial ainda baixou 3 segundos fechando oficialmente em 2h57min21seg.
Fiz a segunda metade da prova apenas 1 segundo a mais que os primeiros 21kms. Ou seja, 1h28min41seg
Já o Sandri fechou excelentemente bem com 2h57min59seg.
Antes de receber a medalha ainda encontrei com o meu pai que me parabenizou, depois peguei a gigantesca medalha, algumas frutas e um lanche e fui ver algumas chegadas. Uma mais emocionante que a outra. Uns gritando de dor, arrastando com cãibras, outros felizes e muitos chorando de felicidade por estarem vencendo um, ou mais um desafio em suas vidas. Coisas que só quem corre e completa uma maratona sabe como é.
Na sequência liguei para a Letícia para entregar a chave do carro e agradecer pela carona e adrenalina antes da largada. kkkk
Só faltou fazermos uma foto para registrarmos o momento. Mas, ela foi bem (3h27min04seg) e conseguiu índice para Boston.
E fui encontrar com o Fernando, amigo de Ubiratã que fez uma brilhante estreia em maratonas 3h09 e sua namorada Marluce que fez recorde pessoal na meia (1h58).
Comemoramos com uma boa e gelada Heineken e depois fomos almoçar ali no shopping mesmo.
Após o almoço voltamos para o hotel para descansar um pouco e a tarde fui caminhar com meu pai para mostrar mais alguns pontos de POA.
Passamos pela Usina do Gasômetro, Igreja Nossa Senhora das Dores onde assistimos uma missa. Em seguida passamos pela Catedral Metropolitana e antes de voltarmos para o hotel para descansarmos comemos um lanche com direito a quebra de uma taça por parte do meu pai. Por sorte não cobraram, pois aprecia cara. rsrs
Trajetos todos feitos a pé.
Fomos dormir antes das 22:00 horas porque no dia seguinte teria mais caminhada. kkkkk
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Acordamos às 08:00h da manhã na segunda-feira, dia 13, era feriado do padroeiro Santo Antônio na nossa cidade então vamos passear mais um pouquinho (a pé, pra variar kkkk) em Porto Alegre.
Após o café fomos até o Parque da Farroupilha e de quebra ainda visitamos mais duas igrejas nos arredores do parque (Santa Teresinha e Divino Espírito Santo) e voltamos para fazer check-out no hotel e em seguida fomos para a rodoviária onde almoçamos e deixando os nossos pertences no guarda-volumes e fomos caminhar novamente, pois o ônibus só sairia às 19:30h. Ou seja, tínhamos muito tempo para não fazer nada, ou caminhar pela cidade. rsrs
Seguimos até o Shopping Total e de lá para o Parque Moinhos de Vento e retornamos para a rodoviária (andamos cerca de 10kms kkk) e ainda precisamos esperar mais de 3 horas até o embarque que nos levou até Cascavel e onde pegamos mais um ônibus da Expresso Maringá para enfim chegar em Ubiratã às (13:25h) do dia 14 de junho de 2022.
E esta foi mais uma história vivenciada em um final de semana de corrida...
Segue abaixo mais fotos:
Primeiramente sempre a Deus pelo dom da saúde e por sempre me proporcionar fazer aquilo que eu mais gosto que é correr.
Agradecimentos também aos colaboradores do Canal Pé Frio Loterias no Youtube. E a todos que direta ou indiretamente me ajudaram a estar presentes nesta prova, ou que simplesmente estiveram torcendo por mim. Meu pai, minha mãe e esposa em especial.
Despesas (aproximada):
Inscrição: R$ 189,00
Translado até Cascavel: R$ 120,00
Passagens: Cascavel/Porto Alegre-Porto Alegre Cascavel: R$ 499,67
Hotel: R$ 190,00
Transporte em Porto Alegre: R$ 137,65
Jogo Inter e Flamengo: R$ 100,00
Alimentação: R$ 312,00
Ônibus Cascavel/Ubiratã: R$ 35,76
Outros: R$ 20,00
Total: R$ 1.604,08
Até a próxima...
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