domingo, 13 de janeiro de 2019

Corrida Nº 171 - Maratona de Curitiba - Curitiba-PR (18nov2018)

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Com apenas dez semanas de preparação, sendo que uma delas ainda foi perdida por conta de uma contusão durante uma partida de futebol, eu não poderia me cobrar muito na Maratona de Curitiba deste ano de 2018.
Ainda assim, fiz o meu segundo melhor tempo das quatro participações que fiz na capital paranaense.


"O sucesso nasce do querer, da determinação e da persistência em se chegar a um objetivo. E que mesmo não se atingindo o alvo principal, quem busca vencerá obstáculos e conquistará coisas incríveis e memoráveis."



Segue os dados gerais da prova:
Prova número: 171
Nome da prova: Maratona de Curitiba
Cidade: Curitiba-PR
Data: 18 de novembro de 2018
Distância: 42,2kms
Tempo: 3h09min50seg
Media por km: 4min29seg
Colocação geral: 126º lugar
Atletas no geral: 2.222 atletas concluintes
Colocação na faixa etária de 40 a 44 anos: 16º lugar
Atletas na faixa etária: 429 atletas concluintes
Número de peito: 394



Esta foi uma das piores preparações que fiz para uma maratona.
O fato de eu ter lesionado o joelho em junho e os longos três meses que levei para recuperar contribuíram para isso.
Quando estava recuperado, haviam apenas dez semanas para a prova e fiz algo que seria condenado por qualquer médico ou treinador que era, sair de um período lesionado e já de cara iniciar um treinamento para uma maratona. Mas, eu sabia o que estava fazendo. E se eu me complicasse ainda mais, seria por minha conta e risco.
Dizem que quem não arrisca não petisca, então eu arrisquei.

Porém, ainda assim, fiquei com receio de não dar conta de completar a prova.
Não sentia mais a lesão, mas o longo período de recuperação me tiraram toda a velocidade e principalmente a resistência que eu tinha.
No início estava sendo super, hiper, mega difícil fazer treinos acima de dez quilômetros. Mas, com o passar das semanas fui ganhando resistência novamente.

Fiz uma meia maratona nas três fronteiras (Paraguai/Brasil/Argentina) abaixo de 1h24 e isso me animou bastante. No entanto, em termos de treinos longos eu não conseguia encaixar nenhum.
O mais longo que fiz foi um treino de 28kms e cheguei exausto em casa.
Nas últimas duas semanas, devido a pancada que levei num futebolzinho de final de semana encaixei alguns treinos de bike. Um deles chegando a 100km na quinta-feira, quase véspera da prova.
Na semana que antecedeu a corrida recebi um incentivo extra de uma amiga ultra-maratonista de Cascavel, Vanuza, e isso me motivou a ir e correr a prova.

Apesar de não ter tido uma meta ousada, sub-3h, por exemplo, queria completar abaixo de 3h49min59seg. Tempo este que me daria direito a um Diploma de Maratonista que é elaborado pela Revista Contra Relógio.
Como eu não tinha participado de nenhuma maratona oficial no Brasil este ano, esta seria a minha última oportunidade e eu não poderia ficar sem este diploma justamente no ano em que completei 10 anos da minha primeira maratona.
Se eu ia conseguir ou não, isso já era outros 'quinhentos'. rsrs
Mas, a princípio o ritmo seria tranquilo, 5min27seg por km.

Porém, a perca do ônibus que me levaria para Curitiba na sexta-feira a noite complicou um pouquinho.
Comprei a passagem, mas não conferi o horário. Como em 2017 o ônibus saiu as 21:45h, achei que o horário seria o mesmo. Mas, mudaram.
Anteciparam em uma hora e só fiquei sabendo quando cheguei na rodoviária e vi tudo fechado e apagado.
Conversei com um guarda que faz a segurança noturna do local e ele me disse da mudança de horário que foi confirmada ao ver a passagem.
No momento eu não tive o que fazer a não ser voltar pra casa.
Antes, porém, usei o Wi-fi da própria rodoviária e entrei no site da empresa de ônibus e conferi os horários e verifiquei que havia um para a manhã do dia seguinte.

Mal abriu a rodoviária no sábado de manhã e eu já estava lá na porta.
Conversei com o atendente e ele me disse que só poderia remarcar a passagem com três horas de antecedência para o embarque, mas faltava apenas uma hora e não tinha jeito.
Só poderia remarcar para o final da tarde. Mas, eu não poderia chegar em Curitiba no domingo de manhã e a uma hora antes da corrida. Eu acho que nem conseguiria correr. Sem contar que eu perderia a diária do hotel que já estava paga.
Daí ele deu uma ideia de remarcar em branco aquela passagem perdida para usar em outra ocasião e comprar uma nova. Foi o que fiz. E embarquei as 07:25h da manhã de sábado dia 17 de novembro, véspera da corrida.


Quanto ao kit, não daria tempo para chegar em Curitiba e retirá-lo. Por sorte, eu fiz muitos amigos nestes quase 20 anos de atletismo e tenho dois grandes amigos da equipe Baleias que moram na capital (Ezilda e Waldeci) e eles fizeram a gentileza de pegar pra mim e deixar no saguão do hotel.
Agora era só tentar descansar um pouco mais para chegar bem de viagem lá na capital.
Viagem esta que demorou mais de dez horas e cheguei em Curitiba quase seis da tarde e fui direto, e a pé, para o hotel e já em seguida saí para jantar e logo retornei e por volta das 22 horas fui dormir.


Camiseta e numeral da prova.


Acordei as 5:00h da manhã. Aliás, quase nem consegui dormir, tamanho era o barulho de carros e pessoas nas ruas próximo ao hotel.
Antes das 5:30h desci, tomei o meu café da manhã e encontrei dois grandes amigos no refeitório. Carlos Bento de Belo Horizonte que iria fazer sua 98ª maratona, se não me falha a memória, e Walter Barbosa de São Bernardo do Campo. Ambos estavam acompanhados. Um com uma amiga e o outro com a esposa, respectivamente. Conversamos um pouco e em seguida nos despedimos e cada um foi para o seu quarto e em seguida para a largada da prova.

Antes da largada ainda houve tempo para um encontro com mais amigos onde registramos o momento com uma foto e logo em seguida todos procuraram se perfilar na avenida em frente ao Palácio do Governador, que agora não em recordo o nome. rs


Waldeci, Izabel, Carlos Bento, Shirlei - amiga do Carlos, Ezilda, esposa do Júlio, Júlio Cordeiro, Paulo Picanha e eu lá no fundo.
Autor da foto: João - marido da Izabel.


Como as pretensões eram menores que em 2017, me perfilei lá no fundão.
Dada a largada, demorei quase quatro minutos para cruzar a linha e iniciar em definitivo a minha corrida.
Procurei não sair forte demais, porém, não muito devagar também.
O objetivo era manter um ritmo médio de no máximo 4min30seg por quilômetro até a metade da prova, ou até um pouco mais. Pois sabia que poderia quebrar bastante no final e aí seria a hora de administrar o tempo ganho no início para assim chegar no objetivo que era conquistar o diploma da revista Contra relógio.

Havia previsão de chuva para a prova. Mas, veio apenas um chuvisqueiro a partir do quilômetro 16 e esse persistiu por mais ou menos uma hora e meia. A tarde, após a prova, aí sim, caiu água com força.
Mas, vamos por partes.

Dada a largada saí caminhando até cruzar a linha e depois fui num trotezinho bem leve, pois a quantidade de atletas era enorme naquele início.
Passei a marca do primeiro quilômetro com 4min08seg. Ritmo esse que me daria mais um sub-3h na maratona. Mas, sabia que este objetivo era ousado demais para quem não havia feito uma preparação adequada.
Mas, segui perto deste ritmo por um bom tempo.
Passei a marca dos 10kms com 42 minutos cravados.


Depois do quilômetro 10 o ritmo caiu um pouquinho. Na verdade nem tentei manter o ritmo inicial.
Apesar da queda do ritmo eu estava bem e a media por quilômetro não ultrapassava os 4min30seg, com exceção do km 11 que foi de 4'40.
Por volta do km 16 começou um chuvisqueiro e nesse momento alcancei e ultrapassei um atleta que seguia como marcador de ritmo para 4'45 por km. Ele seguia mais forte que o normal. Bem como o atleta dos 4'30 que alcancei e o ultrapassei por volta do km 23.

Passei na marca da meia maratona com cerca de 1h32 e seguia tranquilo.
Cheguei no vigésimo oitavo quilômetro e lembrei que esse havia sido a distância do meu maior treino para esta prova. Isso me preocupou um pouquinho, pois não sabia o que poderia acontecer dali para frente. No entanto, eu me sentia bem fisicamente e tinha tempo de sobra para alcançar o objetivo. Quase duas horas para apenas 14 quilômetros. Até caminhando eu conseguiria completar dentro do tempo limite da minha faixa etária e assim conquistar o diploma de maratonista de 2018. Mas, caminhar não era o objetivo. Alias, me surpreendi nessa maratona. Apesar dos poucos treinos, corri sem caminhar um metro sequer. É claro que, a temperatura sempre ali abaixo dos 20 graus a chuvinha que caiu ajudou bastante.

Lá no km 35 avistei o amigo Sérgio Rocha do Canal Corrida no Ar. Nós havíamos sido marcadores de ritmo numa meia maratona em Pomerode em Santa Catarina no ano de 2012 quando ele trabalhava na revista Contra Relógio.
Alcancei ele no quilômetro seguinte conversamos um minutinho e segui. Ao avistar um fotógrafo, diminuí o meu ritmo para fazermos uma foto juntos e na sequência segui.


Amigo Sérgio Rocha do Canal Corrida no Ar no Youtube.


Num retorno, quase no km 38 avistei outro amigo, desta vez o André Savazone da Revista Contra Relógio. Cumprimentei ele, mas por estar concentrado na prova ele acabou não me vendo. Acelerei e o alcancei em seguida e segui no ritmo dele os últimos quatro quilômetros relembrando a parceria que fizemos em Pomerode onde fui parceiro de ritmo com ele.


Com o amigo André Savazone.


Nos últimos metros acelerei um pouquinho e cruzei a linha de chegada da minha 16ª maratona (das 17 oportunidades que tive em provas de 42kms) com o tempo de 3h09min50seg e conquistei o meu Diploma de Maratonista de 2018.


Completando com o tempo líquido de 3h09min50seg.

Curiosidade: somando o tempo dá 17 (3+9+5) e esse é o número de maratonas que eu participei. Porém, completei apenas 16. Uma eu abandonei no km 38. Mas, não deixei de participar. Apenas não completei. rs
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Colocação 174 de 1.061 atletas que ingressaram na faixa etária 40/44.



Na sequência, cumprimentei parabenizando o André pela prova e saí, peguei minha medalha, lanche e sorvete e fui para um canto me hidratar e descansar um pouco.
Depois, após fazer alguns registros fotográficos, me encaminhei para hotel onde descansei um pouco e a tarde fui caminhar por Curitiba.
Fui até a Torre Panorâmica. Na volta aproveitei a chuva para almoçar e em seguida fui ao encontro dos amigos Baleias e por volta das 18:30h me encaminhei para a rodoviária.


Visão de Curitiba da Torre Panorâmica
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Confraternização pós-prova no Bar do Alemão



Acabei antes passando na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe onde assisti o finalzinho da missa celebrada pelo Padre Reginaldo Manzotti e depois me encaminhei em definitivo para a rodoviária. Porém, demorei um 'bocado' para chegar até lá, pois acabei errando o caminho. Mas, no final deu tudo certo.
Embarquei as 21:15h e as 07:20h da manhã já estava em casa e logo em seguida, as 08:00 da manhã já estava no trabalho voltando à vida real. rs


No finalzinho da missa na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe.


E assim, com quase dois meses de atraso, foi o relato da minha 16ª maratona completada.


Segue abaixo mais algumas fotos:



Saindo do hotel para mais uma maratona.
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Shirlei em sua estréia, Carlos Bento para sua 98ª e eu para a 17ª.
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Carlos Bento, Izabel e eu.
Belo Horizonte-MG, Brasília-DF e Ubiratã-PR.
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Izabel, Paulo Picanha, Eu, Carlos Bento e João.
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A galera toda.
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Museu Oscar Niemayer - quase no início da prova.
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Acredito que aqui seja antes da metade da prova.
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Já bem mais pra frente da metade.
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Em torno do km 30, mais ou menos.
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Por volta do km 41 em descida sentindo mais dores do que em subida.
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Km 42 quando o André pega o seu filho pela mão para completar os 195 metros finais com ele.
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Nos últimos metros onde já começo a deixar o André mais para trás e destravo a tela do celular para parar o exercício do Strava que marcou 43kms. rs
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Finalizando a prova com o segundo melhor tempo das quatro participações em Curitiba.
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Mais uma maratona concluída.
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Tempo e distância marcado pelo Strava.
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Minha colocação geral, faixa etária e tempo bruto e líquido.
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Os 10 primeiros no geral masculino.
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As 10 primeiras no geral feminino.
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A bela medalha da prova.
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Videozinho do percurso feito pelo relive.cc




Agradecimentos:
Sempre e em primeiro lugar a Deus pelo dom da saúde.
Agradecimento também à Academia Boa Forma de Ubiratã.
À minha esposa, família e amigos que me incentivam a todo instante...


Abraços e até a próxima...



#tuttamaratonista

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