terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Corrida Nº 264 - 3ª Maratona de Criciúma (Criciúma-SC) 28set2025

 Acreditar é o primeiro passo de toda grande conquista. E foi com essa confiança no preparo, especialmente na reta final dos treinos, que parti para mais uma maratona em solo catarinense. 

"O relógio marca o tempo, mas é você quem marca a história."




Segue os dados gerais da prova:

Corrida número: 264
Nome da prova: 3ª Maratona de Criciúma
Cidade: Criciúma-SC
Data: Domingo, 28 de Setembro de 2025
Distância: 42,2kms
Tempo: 2h45min31seg
Média por quilômetro: 3min55seg
Classificação geral: 6º lugar
Atletas no geral: 87 atletas concluintes
Classificação na categoria por faixa etária 45/49 anos: 1º lugar
Atletas na faixa etária: 17 atletas
Número de pódios (fora de Ubiratã): 149 pódios
Pódios por classificação geral: 67 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 74 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 8 pódios
Número de peito: 40


A viagem começou em Ubiratã, na manhã do dia 26 de setembro de 2025, com o coração leve e a mente firme no propósito: dar o meu melhor na 
Maratona de Criciúma.
Foram mais de 18 horas de estrada, cruzando cidades, paisagens e pensamentos. Cada quilômetro percorrido no ônibus era também um lembrete do quanto havia me dedicado até ali — e o quanto aquela jornada representava mais do que apenas correr. Representava constância, disciplina e amor pelo esporte.

Ao chegar em Criciúma, o céu azul e o vento forte me receberam com energia. Fiz questão de buscar o kit a pé, explorando a cidade e respirando o ambiente que em breve seria palco de mais uma batalha pessoal. Depois de um bom almoço e um merecido descanso no hotel, me preparei com serenidade para o grande dia.

Mas como toda boa história de superação, a prova começou antes mesmo do tiro de largada. Às 3h30 da manhã, o som da chuva fina me despertou. A ansiedade pré-prova resolveu aparecer, e o sono foi curto. Às 4h15, já estava de pé, tomando café e mentalizando o desafio. Mesmo debaixo da chuva, segui confiante para o ponto de partida. Cheguei encharcado, mas com o espírito aceso — afinal,
a chuva nunca foi obstáculo para quem carrega o sol dentro de si.

O plano era ousado: completar a maratona na casa das 2h45 e, quem sabe, lutar por um lugar no pódio geral. Ajustei o Garmin para o ritmo-alvo e, ao soar a largada, o corpo respondeu. Logo nos primeiros quilômetros, já estava entre os líderes. A adrenalina falou mais alto e saí forte, mas com consciência — maratona é estratégia, é controle, é saber dosar o coração entre a empolgação e a resistência.

Passei os 10 kms em 37 minutos. Cheguei no km 15 com 56, e a meia-maratona foi completada em 1h20. Eu era o quarto colocado geral.
O corpo respondia bem, mesmo com o leve incômodo nas coxas — talvez lembrança do pedal de 110 km feito dias antes. Nada que pudesse me deter. O foco estava ali, firme, entre o suor e o vento.

Mas, ao chegar no km 29, dois atletas me ultrapassaram em ritmo impressionante. Tentei acompanhá-los até o 30º, mas foi em vão. O peso da longa viagem, talvez também o pedal com uma elevação enorme na semana anterior e o ritmo mais forte que imprimi até a metade da prova começou a cobrar um preço. Comecei a sentir muito cansaço. O ritmo ia caindo e ali compreendi: o segredo não era competir com os outros, mas com
a minha própria superação. E segui, lutando contra o cansaço, o vento e o relevo.

Aos 38 kms, o ritmo caiu drasticamente, mas o coração seguia firme. O vento contra, as pernas pesadas e o corpo pedindo pausa… mas a mente gritava mais alto: “Segue! Você veio até aqui para terminar com orgulho!”.
E segui.

Passei pelo km 40 com 2h35. O relógio marcava o esforço, mas o espírito marcava a vitória. E quando finalmente cruzei a linha de chegada, com o tempo de
2:45:31, senti o peso da conquista. Sexto colocado geral e campeão da categoria — um resultado de respeito, fruto de preparo, disciplina e coragem.

Não houve pódio geral dessa vez, mas o sentimento de dever cumprido foi maior do que qualquer troféu. Afinal, conquistei o que mais importa: a certeza de que
cada treino, cada sacrifício e cada gota de suor valeram a pena.

Depois, veio a celebração: frutas, energético, sorvete, chopp e o sorriso no rosto de sempre ao subir no pódio. O corpo estava cansado, mas a alma estava leve. Voltei para casa exausto, sim — mas com a sensação de ter deixado mais uma marca no caminho da minha história.

E que venha a próxima, porque o espírito de quem ama correr nunca descansa.

Gratidão especial ao
José Bocalon, dos Postos BCA, pelo apoio e patrocínio — parceiros assim tornam o impossível apenas uma questão de tempo.

Maratona número 43 concluída.
Mais do que uma prova, uma lição de vida: quem acredita, resiste. E quem resiste, vence.



Segue abaixo algumas fotos:

Na retirada do kit.
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O kit.
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Momentos antes da largada.
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Após a prova.
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A medalha. Bem simplesinha.
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No pódio.
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Recebendo o troféu de campeão da categoria 45/49.
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O pódio 'incompleto' da categoria 45/49.
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Os 5 primeiros colocados da faixa etária 45/49 anos.
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O campeão tinha o direito de tocar o sino.
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Os 10 primeiros colocados nos 42kms masculino.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser acessada no site da ChipTiming.
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Troféu.





domingo, 12 de outubro de 2025

Corrida Nº 263 - 2ª Etapa da Corrida Noturna das Flores - Corbélia-PR (25set2025)

Depois de um dia onde passei horas e horas diante da tela de um computador, tentando uma vaga na tão sonhada centésima edição da Corrida Internacional de São Silvestre, enfrentando falhas no site, lentidão, estresse. Segui para mais uma competição.
Mas, como quem carrega no peito a paixão pela corrida e o compromisso com o próprio desempenho, ainda encontrei forças para calçar o tênis e encarar esse desafio: na segunda etapa da Corrida das Flores, em Corbélia.

Mesmo exausto, eu fui.
Mesmo sem forças, eu corri.
E quando achei que não dava mais… dei o meu melhor.



Segue os dados gerais da prova:

Corrida número: 263
Nome da prova: 2ª Etapa da Corrida Noturna das Flores
Cidade: Corbélia-PR
Data: Quinta-feira, 25 de Setembro de 2025
Distância: 12kms (que na verdade deu 11,65kms
Tempo: 41min28seg
Média por quilômetro: 3min33seg
Classificação geral: 2º lugar
Atletas no geral: 24 atletas
Número de pódios (fora de Ubiratã): 148 pódios
Pódios por classificação geral: 67 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 73 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 8 pódios
Número de peito: 123



Naquele dia, tudo parecia dizer: “Hoje não.”
Minha mente estava em frangalhos, e meu corpo… nem se fala.
Trabalhar na construção civil e ainda treinar para buscar performance em corrida, não é nada fácil. Sem contar a raiva que eu estava por quase não conseguir me inscrever na 100ª São Silvestre.
E ainda me recuperava de um pedal insano no fim de semana anterior: a Romaria dos Ciclistas de Corbélia ao Santuário de Nossa Senhora da Salette em Braganey e depois o pedal de Braganey para Ubiratã. Foram quase 110 km pedalando com vento contra e mais de 1.700 metros de altimetria, e mesmo duas sessões de banho de gelo não deram conta do estrago. Eu estava desgastado, esgotado, quebrado - literalmente.

E mesmo assim… eu fui.

Às 17h45 saí de casa e me juntei ao Magaiwer, ao Riki, à Rafaela e ao Fernando Matiussi na loja de materiais de Construção - Cical e saímos por volta das 18h10.
Fomos até Corbélia, com Fernando no volante e o amigo Tite, que mora em Corbélia, já havia garantido os nossos kits. Era como se tudo estivesse conspirando para facilitar o caminho até a largada — o que eu faria a partir dali, era comigo.

Ritual de sempre: peguei o kit, aqueci leve, ajustei o relógio no pace de 3:40 por km. Nada além do necessário. Meu plano era correr com sabedoria, sem forçar. Só que nem sempre o coração segue o plano.

E quando a largada soou, algo mudou.
A adrenalina falou mais alto. O coração assumiu o comando, e os pés obedeceram. Saí forte. Muito forte. Estava entre os 10 primeiros colocados nos primeiros metros. Sem saber ao certo quem era dos 6 km e quem era dos 12 km, mas mesmo assim mantive o foco em apenas uma coisa: seguir firme. Superar o cansaço e acreditar no meu potencial.

O primeiro km? 3:20/km. O corpo parecia dizer "não", mas a alma gritava "vai!".
E logo, eu era o terceiro geral. Sabia que o líder dos 12 km era de outro nível — havia feito 1h11 em uma meia maratona semanas antes — mas aquilo não importava. Minha missão era clara: dar o meu melhor.

Eu era o terceiro geral na prova, mas na verdade, eu era o 2º colocado geral dos 12kms. Pois, sabia que um dos dois atletas à minha frente, um deles era dos 6 km. Ou seja, eu estava brigando diretamente pela segunda colocação geral dos 12 km. Uma disputa real. Uma batalha silenciosa.

Como na primeira etapa eu também havia ficado em segundo lugar, precisava segurar essa colocação a todo custo, pois me ajudaria a somar mais 17 pontos e seguir firme para a última etapa onde haveria premiação em dinheiro para os cinco primeiros colocados na somatória de pontos do circuito.

A primeira volta passou rápido e percebi que o percurso não tinha dado os 6 km prometidos — faltavam cerca de 170 metros. Mas, não importava. A missão agora era resistir.

Na segunda volta, a ideia era controlar.
Eu queria reduzir o ritmo para me poupar. Afinal, no dia seguinte estaria a caminho de Santa Catarina para correr a Maratona de Criciúma. Mas o corpo já estava entregue à corrida — e a mente, ainda mais.

Fiz o 1º km da segunda volta a 3:33/km, e num dos retornos pude ver: tinha cerca de 200 metros de vantagem sobre o terceiro colocado. Respirei aliviado, mas não relaxado. Cada segundo valia ponto no circuito. Cada passo era uma conquista.

No segundo retorno, marquei a diferença: 1 minuto e 10 segundos de vantagem.
Poderia reduzir? Talvez.
Mas quando se corre com paixão, o corpo simplesmente… não para - ele quer voar.

10º km a 3:36 e km 11º a 3:33.
Quando veio o último km, eu até pensei em aliviar. Mas como? Era reta final. O pórtico chamava. O público aplaudia. E o coração batia mais forte do que nunca.

Subi o último trecho como se estivesse começando a corrida naquele momento.
A dor já não era obstáculo.
O cansaço virou combustível.
E ao avistar o pórtico de chegada, deixei as pernas voarem.
Abri os braços e cruzei a linha de chegada com 41min24seg. 
Pace médio de 3min33seg por km.

E mais uma vez, o percurso não bateu — dessa vez, faltaram 350 metros.
Mas, nada faltou em mim. Dei tudo. Fui além. E venci minha própria batalha.
Mais do que pódio, foi uma jornada de superação.
Porque é assim que se corre com o coração — até o último passo.

A prova foi impecável: hidratação gelada, staffs atentos, organização firme. E o troféu… ah, dessa vez, melhorou - veio um pouco mais bonitinho. rsrs

E o melhor: subi ao pódio ao lado do amigo Tite — que chegou em quarto, superando um outro grande amigo - o Fernando, que veio em quinto. Foi o primeiro pódio junto com estes grandes amigos e ver aquele momento se realizar, depois de tantas corridas juntos, foi uma vitória dentro da vitória.

Após o pódio - muitas fotos, sorrisos e aquela boa conversa de sempre.

Ao final, encerramos a noite, já em Ubiratã, com um baita X-Bagunça lá no Prensadão. Porque atleta que se dedica, também merece celebrar. rsrs

Agradeço ao Fernando pela carona, ao Tite pelos kits, e a cada pessoa que compartilha da mesma paixão por correr, competir, viver intensamente cada km.

Se tem algo que eu possa dizer é que: não existe cansaço que vença uma alma decidida.

Mesmo quando tudo diz para parar… vá.
Mesmo quando parece que não dá… vá.
Porque às vezes, é nesse "vá" que a gente descobre do que realmente é feito.

E assim sigo, quilômetro a quilômetro, desafiando meus próprios limites e colecionando histórias que vão muito além da linha de chegada.

E para a última etapa sigo firme em segundo lugar no circuito com 6 pontos a frente do terceiro colocado e também a 6 pontos atrás do primeiro.
Não tenho chances de ser campeão, a menos que o primeiro colocado no ranking não compareça na prova ou que ele fiquei em quarto lugar e eu vença. O que é quase impossível acontecer. rsrs
E para que eu confirme o segundo lugar, basta chegar em 3º e torcer para o atleta que está em terceiro na classificação não vença a prova.
Mas, seguirei em busca de mais um vice-campeonato. rsrs



Segue abaixo algumas fotos:

Pouco antes de sairmos em viagem com os amigos Fernando e Magaiwer.
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Já em Corbélia.
Magaiwer, Tutta, Carvalho, o filho do Tite e o Tite, Fernando e Riki.
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Com o amigo Tite durante a prova.
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Galera de Ubiratã presente na prova.
Atrás: Alessandro, Tutta, Magaiwer e Riki.
Frente: Rafaela, Renata, Camila e Fernando.
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Pódio geral dos 12kms.
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Os 5 primeiros colocados nos 12kms.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser vista no site da Chiptimig.
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Com o amigo Fernando.
Pela primeira vez, juntos no mesmo pódio. Que este seja o primeiro de muitos.
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Com todos de Ubiratã que pegaram pódio.
Alessandro: 3º na categoria
Magaiwer: 2º na categoria
Tutta: 2º geral
Camila: 5º geral
Fernando: 5º geral
Riki: 1º na categoria
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O troféu e a medalha da prova.
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"Mais do que um troféu ou um tempo marcado no relógio, essa prova foi um lembrete poderoso: mesmo nos dias mais cansativos, a paixão nos move, a dedicação nos empurra e a superação nos define."


domingo, 21 de setembro de 2025

Diploma de Maratonista 2024

 2024 foi um ano inesquecível na minha jornada como atleta amador. Um ano que ficará eternamente gravado na memória e, mais do que isso, na história da minha vida esportiva. Após muitos treinos, desafios, renúncias e uma paixão que nunca deixou de pulsar forte, conquistei um resultado que me enche de orgulho: fui o 4º melhor maratonista brasileiro na faixa etária de 45 a 49 anos em um ranking elaborado pelo Revista Contra Relógio dentre todas as maratonas oficiais brasileiras.

Diploma Recebido da Contra Relógio.
4º lugar dentre os 2.104 atletas que alcançaram o índice da faixa etária 45/49 anos.
Se houvesse um ranking geral, eu havia sido o 118º colocado no lugar dentre os 14.287 atletas que ingressaram no ranking.


Alcançar esse nível, em meio a tantos atletas talentosos de todo o país, é algo que ultrapassa o simples resultado. É a validação de anos de esforço silencioso, de inúmeras sessões de treinos, de correr sob sol, chuva, frio e cansaço. Mas, sempre com o coração apontando para um sonho: o de evoluir, superar limites e viver o melhor do atletismo.

Essa conquista se concretizou de forma épica na
Maratona de Jurerê, onde atingi o meu recorde pessoal na distância com o tempo de 2h37min54s. E como se não bastasse esse marco pessoal, tive a felicidade de ficar em 5º lugar geral na prova, dividindo o pódio com nomes consagrados do atletismo nacional. Um daqueles momentos raros e emocionantes em que o esforço se transforma em realização, e a superação vira celebração.

No pódio em Jurerê.
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Classificação da Maratona de Jurerê.



Esse diploma, agora eternizado na parede da minha sala, representa muito mais do que um resultado: é um símbolo de superação, paixão e da força de um sonho que se concretiza.
Sem dúvida, um capítulo inesquecível da minha história no esporte.