domingo, 13 de julho de 2025

Corrida Nº 253 - 1ª Ubiratã Night Run - Ubiratã-PR (22mar2025)

... Postagem atrasada ...

 Coração acelerado, orgulho estampado no rosto e a certeza de que aquele dia vai ficar eternamente guardado na memória. Assim foi minha participação na primeira corrida oficial de rua da minha querida cidade natal: Ubiratã.

“A maior vitória foi correr pelas ruas da minha cidade e sentir o carinho em cada esquina.”



Segue os dados gerais da prova:

Corrid
a número: 253
Nome da prova: 1ª Ubiratã Night Run
Cidade: Ubiratã-PR
Data: Sábado, 22 de Março de 2025
Distância: 4,96kms
Tempo: 16min31seg
Média por quilômetro: 3min19seg
Classificação geral: 5º lugar
Atletas no geral: 115 concluintes
Número de pódios (fora de Ubiratã): 139 pódios
Pódios por classificação geral: 61 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 71 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 7 pódios
Número de peito: 332


Curioso como a vida às vezes muda os planos, e tudo se encaixa como tem que ser. Eu não iria participar da prova. Meu foco, por meses, estava na Maratona de Marília. Desde dezembro de 2024, inscrição feita, hotel reservado, treinos direcionados… tudo pronto. Mas, a poucos dias do evento, a notícia:
adiamento da prova. Na hora, veio aquela frustração, mas logo entendi que talvez o destino estivesse me preparando para algo ainda mais especial.

Com as inscrições da
1ª Ubiratã Night Run já encerradas, fui atrás de uma última esperança. Conversei com o amigo Ezequiel, um dos organizadores, e para minha felicidade ele conseguiu uma vaga de cortesia na distância de 5km. Não pensei duas vezes. Aceitei no ato. Afinal, correr pelas ruas onde cresci, onde construí tantas histórias, era um privilégio que eu não podia deixar escapar.

Mesmo sem estar treinando especificamente para provas curtas, sabia que o coração e a vontade iriam me levar longe.

Na noite do evento, o amigo
Fernando veio me buscar em casa. Chegamos na Praça Horácio José Ribeiro, ao lado da prefeitura, com tempo de sobra para aquele clima gostoso de prova: reencontrar amigos, compartilhar dicas e sentir a energia da cidade pulsando diferente. Era mais que uma corrida, era um marco histórico para Ubiratã.

Inicialmente, pensei em registrar o momento com a câmera, mas o foco falou mais alto. Deixei o equipamento no lanche do Alemão. Era noite de dar o meu melhor, de correr leve, de honrar minha cidade — e, quem sabe, buscar um lugar no pódio geral. A responsabilidade de correr em casa era enorme, e a vontade de fazer bonito, maior ainda.

Às 19h03
, mais de 400 atletas partiram pelas ruas de Ubiratã. O início foi tumultuado, ruas estreitas, muita gente, curvas logo nos primeiros metros. Larguei com cautela, mas em poucos segundos o instinto competitivo falou mais alto. Primeiro quilômetro em 3min14seg, e segui firme, embalado pelo calor humano da minha cidade.

Foi simplesmente emocionante. A cada rua, a cada esquina, pessoas conhecidas, amigos, familiares, gritando meu nome, incentivando, vibrando.
Me senti abraçado pela cidade, e aquilo me deu forças extras.

Lá pela
rotatória da Avenida dos Pioneiros, fiz o primeiro retorno e contei os atletas à frente: 10 no total, sendo 5 da prova de 5km. O Reinaldo, 4º colocado, estava ali, ao alcance. A cada passada, eu ganhava terreno, mas a disputa foi dura. Só consegui ultrapassá-lo quando já estávamos na Avenida Brasil. Por volta do km 3.

Mas a prova me exigia mais do que força nas pernas. Depois do km 3,5, meu relógio começou a vibrar, avisando:
batimento cardíaco elevado. Precisava me controlar. Não podia exagerar, mas também não podia vacilar — o Reinaldo e outro atleta estavam na cola. O pódio geral estava em jogo.

No último retorno, um pequeno erro de percurso de alguns atletas trouxe tensão ao momento. Mesmo alertando sobre o trajeto correto, seguimos todos juntos, evitando confusão, mantendo o foco naquilo que realmente importava: cruzar a linha de chegada.

Veio então o trecho mais desafiador: a famosa S
ubida da Vencedora, já no quilômetro final. As pernas ardiam, o coração disparava, o Garmin continuava “gritando” no pulso. Reduzi o esforço o quanto foi possível, mas segui firme e determinado em cruzar aquela linha de chegada.

Curva a esquerda, entrei na
Avenida Nilza, depois virei à direita na Rua Brasília, e ali, com a energia do público me carregando, cruzei a linha de chegada - 4,96km percorridos em 16min31seg, conquistando o 5º lugar geral, quase batendo meu melhor tempo nos 5km.

Mas, o que tornou aquela noite inesquecível, foi o que veio depois. Entre tantos rostos conhecidos,
vi minha esposa na linha de chegada, me esperando. Ela que, mesmo com planos de sair para um show com seu filho, decidiu ficar para me apoiar. Aquela surpresa foi o troféu mais valioso do dia.

E a comemoração continuou. Amigos, fotos, abraços, sorrisos e aquela sensação indescritível de ser reconhecido e aplaudido pelas ruas onde cresci.

Mas o auge… o auge veio no pódio. Quando chamaram meu nome,
um coro ecoou pela praça: todos gritando meu nome. Precisei me conter, engolir o nó na garganta. Foi impossível não me emocionar. Não gravei aquele momento, mas não precisava: as imagens e sentimentos ficaram gravados na alma e no coração eternamente.

Talvez, mesmo que eu tivesse ido para Marília e vencido aquela maratona, eu não teria experimentado a felicidade e o orgulho que senti ali.
Correr em casa, ser abraçado pela minha cidade e conquistar meu espaço foi, sem dúvidas, uma das maiores vitórias da minha vida.


Segue abaixo algumas fotos:
 

Meu numeral.
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Presença confirmada.
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Com o meu patrocinador oficial - José Bocalon (59'40 nos 10kms) dos Postos BCA.
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Com o casal de amigos João (28'57 nos 5kms) e Patrícia (30'17 nos 5kms).
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 Com os amigos Enzo (39'27) - 2º lugar na sua categoria e Fernando (38'24) - 3º lugar em sua categoria. Ambos correram os 10kms..
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Com o amigo Wagner - vencedor dos 5kms e Fernando.
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Com as amigas gêmeas - Carla (24'53) e Camila (48'55). Ou seria Camila e Carla.
Não consigo identificar. rsrs
Camila venceu sua categoria nos 10kms e a Carla  ficou em 3º lugar na sua categoria nos 5kms.
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Com a amiga Keila (35'32).
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No pódio.
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 Pódio geral masculino dos 5kms.
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 Os 10 primeiros colocados no geral dos 5kms.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser acessada no site foureventos.
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Premiação.
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Com os amigos Magaiwer e Osnir.
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Com minha esposa Leide.
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Alguns das dezenas de integrantes da equipe Rmov Runners.
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O sol brilha para todos, mas só colhe os frutos quem se levanta e vai atrás dos seus sonhos.
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Velocidade acima dos 18kms por hora. 


domingo, 6 de julho de 2025

Corrida Nº 252 - 16º Desafio de Equipes de Cascavel (Cascavel-PR) 26jan2025)

 ... Postagem atrasada ...


Em busca de superação, mais uma vez me desafiei em Cascavel. E o resultado foi daqueles que deixam o coração acelerado, a alma leve e a sensação de dever cumprido estampada no rosto.


"Mais do que a conquista, esta prova mostrou que o foco, a disciplina e a paixão por aquilo que se faz, sempre encontram o caminho da superação."




Segue os dados gerais da prova:

Corrida número: 252
Nome da prova: 16º Desafio de Equipes
Cidade: Cascavel-PR
Data: Domingo, 26 de Janeiro de 2025
Distância: 6,91kms
Tempo: 23min55seg
Média por quilômetro: 3min27seg
Classificação geral: 7º lugar
Atletas no geral: 227 concluintes
Colocação na equipe: 4º lugar
Atletas na equipe: 6 integrantes
Colocação da equipe (categoria equipes masculinas): 2º lugar
Quantidade de equipes na categoria masculina: 38 equipes
Número de pódios (fora de Ubiratã): 139 pódios
Pódios por classificação geral: 61 pódios
Pódios na categoria por faixa etária: 71 pódios
Pódios em equipes e/ou duplas: 7 pódios
Número de peito: 715


Parti para a minha
7ª participação no Desafio de Equipes de Cascavel, carregando comigo o foco em um só objetivo: buscar mais um Recorde Pessoal. E, como de costume, a jornada começou cedo, com o convite especial do amigo e treinador Eduardo Antunes, que novamente confiou em mim para representar a equipe Edu Antunes nessa tradicional disputa.

Na manhã de domingo, dia
26 de janeiro de 2025, embarquei nessa missão com a carona do parceiro Evaldo, da Bicicletaria Central de Ubiratã. Ainda era madrugada para muitos, mas para nós, atletas, aquele era o momento mais aguardado. Saímos por volta das 5h45, e pouco mais de uma hora depois já estávamos em Cascavel, com o clima de prova pairando no ar.

Dessa vez, o ponto de encontro e largada não foi na Univel, como de costume, mas sim na movimentada
Avenida Brasil, em frente à Chanson Veículos, que estava tomada por atletas, amigos e familiares. A energia do lugar era contagiante. Rostos conhecidos por todo lado, abraços, cumprimentos e aquela troca de palavras que só quem vive o mundo das corridas entende.

Depois de pegar meu numeral, comecei a me concentrar. E a cada passo, cada pensamento estavam voltados para o que viria pela frente. Me posicionei bem ali, no início do pelotão, pronto para lutar pelo meu melhor tempo no Desafio de Equipes.
Dessa vez, o foco era absoluto: nada de gravar vídeos ou se distrair. A única missão era correr e entregar o máximo.

Às
7h30, a largada foi dada. Disparei com determinação, sentindo o corpo responder bem. Os dois primeiros quilômetros, em leve descida, foram uma injeção de confiança. Primeiro quilômetro a 3min15seg, segundo a 3min19seg, e mesmo assim, só ali pela 20ª colocação. A prova estava fortíssima, como era de se esperar em Cascavel, onde a elite do Oeste se reúne.

Mas foi na subida, logo após o primeiro retorno, que o treino árduo começou a mostrar resultados. As pernas lembraram das tantas sessões de subida, e ali, quando o terreno inclinou, comecei a ganhar várias posições. Mesmo com o ritmo caindo para
3min39seg no terceiro quilômetro, já estava entre os 10 primeiros.

O restante da prova passou quase como um raio. A adrenalina era tanta, o foco tão grande, que os detalhes se perderam no tempo. Mas o Strava não mente: os quilômetros seguintes vieram poucos segundos acima de 3min30seg, um ritmo exigente, ainda mais em um percurso mais duro que os anteriores, com mais subidas e trechos traiçoeiros. E não fui só eu que senti: muitos atletas comentaram o quanto o trajeto estava desafiador.

Já no trecho final, faltando menos de 1km, reuni as últimas forças. Acelerei, ultrapassei mais dois atletas e cruzei a linha de chegada com tudo o que tinha.
O relógio marcava 23min55seg para os 6,91km de prova. E o que importava: o pace médio de 3min27seg/km, meu melhor em todas as participações nesse evento.

A satisfação foi enorme. Fiz exatamente o que havia prometido ao Eduardo: correr abaixo dos 3min30seg por quilômetro. E consegui, com uma pequena folga, mesmo com o percurso difícil.


No último km, antes do último retorno já ganhando uma colocação (Marcelo Teixeira da minha equipe. Mas, mesmo eu ultrapassando ele na prova, o tempo líquido dele foi melhor que o meu e na classificação geral ele ficou na minha frente por 2 segundos) e prestes a ganhar mais uma colocação (Reinaldo Alves) que estava representando outra equipe do Edu Antunes.


No geral, finalizei a prova na 7ª colocação, entre tantos atletas de alto nível. Dentro da equipe, fui o 4º melhor, contribuindo para que nossa equipe Edu Antunes 01 conquistasse o honroso 2º lugar, por uma diferença mínima de apenas 14 segundos do título. Pequenos detalhes, mas que fazem parte do jogo. A vitória maior foi a superação pessoal e a evolução que carrego comigo.

Ao final, veio o momento de confraternizar, hidratar, celebrar no pódio e compartilhar com os amigos aquela alegria que só quem vive a corrida conhece. Logo depois, o Evaldo apareceu e, com aquele sentimento de missão cumprida, voltamos para casa, certos de que o dia valeu cada esforço, cada quilômetro, cada gota de suor.

Mais um capítulo de superação, amizade e amor pelo esporte, gravado na memória e no coração.



Segue abaixo algumas fotos:

Pouco após a largada.
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Já após a prova.
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No pódio com a equipe Edu Antunes 01
Rodrigo (23'15); Tutta (23'55); Marcelo (23'53);
Luciano (25'23); Edelson (campeão geral: 20'58); Nilmar (25'08).
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As 5 primeiras equipes masculinas.
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Os 15 primeiros atletas no geral por ordem de chegada.
Até a data desta postagem a classificação completa poderia ser vista no site do Rodrigo Cirilo.
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O troféu bem básico do 16º Desafio de Equipe e a bela medalha.
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Parciais dos kms.
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Mais de 17,5kms por hora.
Voei, literalmente. rsrs
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Galera da equipe Edu Antunes.



Agradecimentos:
Primeiramente ao Eduardo pelo convite para correr em sua equipe e ao Evaldo da Bicicletaria Central de Ubiratã pela carona de ida e volta à Cascavel.